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A Saga do Upgrade (Parte 2)

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 Olá novamente... Esta é a continuação da saga do upgrade do computador HP EliteDesk 800 G1 mini que uso na empresa. Depois de um crash total de HD, resolvi tomar coragem e fazer o upgrade que a máquina pedia (e merecia) há tempos. Molezinha, eu pensava. Só que não... Às Compras! Minha empresa permite que os computadores fora de garantia sejam alterados com peças compradas pelos colaboradores, desde que o colaborador se responsabilize pela alteração, e que não descaracterize o equipamento. Como não havia intenção da empresa em comprar as peças (nem orçamento pra isso), resolvi comprá-las eu mesmo. O módulo de memória adicional de 8GB foi emprestado de outro HP 800 G1 fora de combate. Restavam o SSD NVMe e o HD substituto. WD SN350 M.2 2280 NVMe (WDS240G2G0C) Com a ajuda de um colega que já tinha feito a mesma alteração na máquina, pesquisei um pouco e encontrei um SSD 240GB num preço que achei razoável numa loja online. Deu match! Cliquei, pedi, mandei colocar no cartão de crédito [vi

A Saga do Upgrade

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Saudações, Depois de um longo tempo sem dar notícias, resolvi dar as caras e dividir com vocês mais um pouco da minha (in)experiência. Trabalho na área de informática de uma empresa que me disponibiliza, há alguns anos, um computador HP EliteDesk 800 G1 mini. Um bom computador, mas que já vinha apresentando lentidão há algum tempo, e essa lentidão tinha nome e sobrenome: HD híbrido. Para quem passou os últimos anos em uma geleira (ou, como eu, com a cara enfiada no serviço, a ponto de não ter ânimo para pesquisar as novidades da tecnologia), um HD híbrido é um componente que se propõe a trazer o melhor dos dois mundos, por ser composto em parte por um SSD e em parte por um HDD. Assim, a parte SSD dos seus gigabytes permitiria um boot rápido e um SO ágil, enquanto os muitos gigabytes do HDD ofereceriam espaço de armazenamento, tudo isso em um único case de 2,5" e um único slot SATA. Algo que, em tese, seria ideal para equipamentos como o HP 800 G1 mini, que basicamente são um noteb

Meios Óticos x Meios Metálicos

Como já comentamos em algum momento, os meios de transmissão podem ser separados em duas grandes famílias, que são as transmissões "com fio" e as "sem fio". Dois dos principais tipos de meios de transmissão "com fio" em uso, hoje em dia, são os meios metálicos e os meios óticos (ou ópticos). Os meios "sem fio" serão vistos em outro artigo. Meios Metálicos Os meios metálicos, de forma geral, são caracterizados por usar algum tipo de fio ou fios metálicos, geralmente em liga de cobre, para a transmissão dos dados. Para isso normalmente são usados sinais elétricos, que podem consistir de níveis de tensão ou corrente elétrica. Esse tipo de meio tem baixa resistência a interferências externas de rádio-frequência (RFI) e eletro-magnetismo (EMI). Existe também o efeito de indução elétrica, que ocorre quando dois fios condutores estão próximos, e uma corrente elétrica é passada por um deles. Essa corrente gera um campo elétrico que induz uma corrente pro

O Protocolo Spanning-Tree - Parte 2

Introdução O protocolo Spanning-Tree está definido pela IEEE no padrão 802.1d, e tem como objetivo identificar ligações cíclicas em redes baseadas na tecnologia ethernet, desativar seletivamente os links que criam os loops , e reativá-los automaticamente quando isso for seguro, graças a mudanças na topologia da rede. OBS: Ao longo do texto e dos artigos, usaremos preferencialmente o termo bridge para designar o elemento ativo de camada 2. Quando for conveniente, no entanto, o termo switch , mais específico, também pode ser usado. Lembrem, todo switch de rede é uma bridge, mas nem toda bridge é um switch. Funcionamento do Protocolo Spanning-Tree O protocolo Spanning-Tree (STP) funciona pela definição de um ponto de referência dentro da rede (bridge raiz) e calculando todos os caminhos possíveis a partir desse ponto de referência, ramificando até os nós mais distantes. Para isso são usadas mensagens especiais, chamadas Bridge Protocol Data Units (BPDUs), que são originadas da bri

Sobre más ideias... ou: porque não usar cabos blindados

Praticamente todo mundo já usou, ou pelo menos já ouviu falar, dos cabos UTP. Essa sigla significa "Unshielded Twisted Pair", ou "Cabo Trançado sem blindagem". Ora, se existem cabos sem blindagem, não deveria existir também cabos com blindagem ? Sim, eles existem, e são conhecidos coletivamente como STP ( Shielded Twisted Pair ). Vamos conhecê-los melhor, ver onde são usados, e porque não o são. O Cabo STP A família de cabos STP reúne vários tipos de cabos de par trançado que têm em comum o fato de possuírem algum tipo de blindagem interna que os protege de interferências EMI/RMI. Estas podem ser individuais em cada par do conjunto, ou integrais, envolvendo todos os pares do cabo. Podem ser constituídas por uma fita metálica "abraçando" o condutor ou conjunto de condutores, ou em malha metálica. Assim, os termos STP, FTP, SSTP e SFTP são usados para cabos blindados, conforme eles tenham ou não blindagem individual, e esta seja ou não por fita metálica. Atu

O que é melhor, cabo ou Wi-Fi?

 Muita gente se pergunta se é melhor usar cabos, ou partir para o uso de Wi-Fi. Outros nem se dão ao trabalho: assim que aparece a opção do Wi-Fi, saem arrancando todos os cabos e mergulhando de cabeça no mundo sem-fio. Ao contrário do que muitos pensam, Wi-Fi não foi criado para substituir nem eliminar o uso de cabos, e sim para oferecer conectividade a equipamentos em que o uso dos cabos não é vantajoso. Assim, o uso consciente e coordenado das duas opções oferece resultados melhores do que os dois extremos. Vantagens e Desvantagens do Wi-Fi As principais vantagens do Wi-Fi são a mobilidade e a facilidade de instalação. Equipamentos voltados ao uso pessoal, como smartphones, tablets e notebooks são o principal exemplo de candidatos ao uso exclusivo de conexões wireless. Isso também se traduz em custo final, pois é fácil encontrar roteadores wireless, access points e adaptadores (internos e externos), a preços bem razoáveis, e com um desempenho bastante aceitável (traduzindo-se em um

O Código de Cores dos cabos de par trançado Ethernet

 Introdução Se você lida um pouco com a montagem e uso de redes locais, já deve ter se deparado com um esotérico código de cores, que precisa ser seguido à risca na montagem dos cabos de par trançado, sob pena do cabo não apenas não funcionar direito, como também fazer sua pia vazar, seu cachorro perder o pelo e sua geladeira começar a dançar a Habañera tocando castanholas. Mas porque isso? E de onde vem essa sequência mística e cabalística? Vamos falar um pouco sobre isso no artigo de hoje. Relembrando sobre Meios Metálicos Em vários outros artigos, eu comentei que os meios metálicos transmitem sinais por meio de eletricidade, e que quando temos uma corrente elétrica passando por um condutor ("fio"), temos sempre dois efeitos obrigatórios: a indução elétrica e a atenuação . A indução elétrica é o efeito criado quando se tem dois condutores próximos, onde a passagem de corrente por um dos condutores induz uma corrente proporcional e de sentido inverso no outro condutor, o q